O IBAMA e o MMA – com destaque para citações a Marina Silva – tem sido foco nos últimos dias. A decisão sobre exploração de Petróleo na foz do Amazonas formou em sua maioria uma rede de apoio ao órgão e à Ministra (1). A mobilização ao redor da abordagem ambiental cresce ainda com debate sobre MP que versa sobre reestruturação de ministérios e participação de Marina na Comissão de Meio Ambiente.

A extrema-direita (2) explora contradições internas do governo, bem como disputa entre desenvolvimentistas e ambientalistas. Ironizam o que entendem ser derrotas e crises internas ao governo Lula, e voltam a falar sobre atuação de ONGs como “culpadas” pela decisão técnica do Ibama.
Todavia, outra ala de críticas foi aberta. Parte do grupo de apoio ao governo ficou contra a decisão e defendeu que as perfurações seriam muitos distantes da costa (3), opinando ainda que a atividade seria de grande importância econômica para a estatal. Mas a surpresa vem de alguns argumentos muitas vezes semelhantes aos dois grupos de críticas, como por exemplo, especulações de que ONGs estrangeiras ambientais estariam contra os interesses do Brasil.
Por fim, a imprensa (4) também explora suposta crise interna do governo, mas por um viés ambientalista, aprofundando assim a percepção de conflitos. Vale destacar que o grupo 3 também critica a imprensa por considerar que a cobertura sobre o assunto tem sido “parcial”. Já atores ligados ao MBL utilizam deste cenário para explorar o tema e também atacam Marina Silva.
